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33bienal/sp
7 sep - 9 dec, 2018
free admission
Antonio Ballester Moreno explica a seleção musical que fez para os visitantes da 33ª Bienal – o disco Legend, de Bob Marley – e sua relação com a cultura popular.
Antonio Ballester Moreno explains his musical selection for 33rd Bienal's visitors – the album Legend, by Bob Marley – and his relationship with popular culture.
Eu gostaria de falar sobre a escolha que fiz para o audioguia do disco Legend, de Bob Marley and the Wailers. E a razão principal é porque eu estava interessado em dar uma guinada para o popular, o pop, para o que não se tem considerado do ponto de vista da arte cult, algo digno de reconhecimento por ser um produto de massas. Porque Legend é um produto do mercado, é um disco contendo grandes sucessos que foi publicado em 1984, três anos após a morte de Marley. E nem por isso deixa de ser um bom álbum, em termos musicais, e também nas ideias, que unem de maneira muito correta um pensamento religioso e espiritual com uma reivindicação política, e que além disso considero que compartilha com a história do Brasil.
Creio que considerar algo popular como ruim por ser do gosto de muitas pessoas é soberba, porque a arte culta valoriza tanto o experimental, raro e esotérico – isto entendido como um conhecimento secreto ou limitado a uma série de pessoas – que perdeu sua ligação com a maioria das pessoas e com a vida. E entendo perfeitamente que o pop nem sempre promove os melhores hábitos, mas é importante dar importância a uma arte que foi feita para as pessoas, para seu uso e prazer, para alcançar o público e para uma psicologia geral, uma arte exotérica.
Me gustaría hablar de la elección que he hecho para la audioguía del disco Legend de Bob Marley and the Wailers. Y la razón principal es porque me interesaba hacer un guiño a lo popular, a lo pop, a lo que no se ha considerado desde el arte culto algo digno de reconocimiento por ser un producto de masas. Porque Legend es un producto del mercado, es un disco de grandes éxitos que se publicó en 1984, tres años después de la muerte de Marley. Y no por eso deja de ser un buen disco musicalmente hablando, y también las ideas que trata en las que une de forma muy acertada un pensamiento religioso y espiritual con una reivindicación política, y que además considero que comparte con la historia de Brasil.
Creo que considerar algo popular como malo por ser del gusto de muchas personas es soberbio, porque el arte culto valora tanto lo experimental, raro y esotérico, entendido esto como un saber secreto o limitado a una serie de personas, que ha perdido su enlace con la mayoría de ellas y con la vida. Y entiendo perfectamente que el pop no siempre promueve los mejores hábitos, pero es importante darle importancia a un arte que se hizo para la gente, para su uso y disfrute, para llegar al público y a una psicología general, un arte exotérico.
