A fim de alinhar pensamento e sentimento, criação e reflexão, a 33ª Bienal se desenha como exposição capaz de privilegiar a experiência acima do discurso, a descoberta acima do tema e a pluralidade acima da uniformidade. Ao evidenciar relações de poder e deslocar os lugares de fala e decisão, a 33ª Bienal procura fazer da arte um lugar central de atenção no mundo.
Com o objetivo de acentuar as passagens entre os múltiplos momentos da exposição, o projeto arquitetônico da 33ª Bienal, concebido por Alvaro Razuk, cria áreas de respiro distanciando as diferentes exposições coletivas e evitando uma ocupação exaustiva do espaço. Procurando pensar ambientes mais intimistas e/ou de menor escala, a organização espacial sugere um contraponto à incontornável dimensão arquitetônica do prédio.
O cartaz da 33ª Bienal de São Paulo foi projetado por Raul Loureiro, que utilizou suas afinidades como motivos gráficos para a comunicação visual da mostra. É constituído da reprodução da obra Formas expressivas (1932), de Hans (Jean) Arp, uma pintura com madeira em relevo, acompanhada por elementos tipográficos. A identidade visual adota a família tipográfica Helvetica, que prioriza a clareza e a neutralidade de significados, e enfatiza o número 33 como elemento de sua concepção.
O projeto de catálogo em moldes tradicionais será substituído por um conjunto de livros de artista elaborados em consonância com a equipe da Fundação Bienal e a consultora Fabiana Werneck. Será produzida também uma publicação com o registro da Bienal após sua abertura, que incluirá ensaios fotográficos da exposição e de sua montagem, bem como entrevistas com os artistas participantes.
Cartaz desenhado por Raul Loureiro para a 33ª Bienal de São Paulo ©Arp, Jean / AUTVIS, Brasil, 2017. Formas expressivas (1932). Coleção MAC-USP. Reprodução: Eduardo Ortega / Fundação Bienal de São Paulo