A artista lê poema extraído do livro Macau, de Paulo Henriques Britto, publicado em 2003.
The artist reads poem extracted from the book Macau, by Paulo Henriques Britto, published in 2003.
Para o que se quer, isto basta
Parece pouco. E é pouco, mesmo,
é quase um nada. E no entanto
cabe um bocado, cabe tanto
que é até preciso dar um basta.
Quanto ao assunto – o si-mesmo –
é invariavelmente o mesmo.
Um ponto. Um fragmento. Entretanto
é um universo que se basta –
e como! e tanto! – a si mesmo.
E agora basta.
For present purposes, it’s quite enough.
Well, to tell the truth, in itself
it’s kind of tight—really, not much
room. But then, it’s pretty much
what’s needed, more than enough.
As to the subject—the good old self—
it is invariably the self-
same stuff: a speck. Yet there’s so much
of it! Yes, we do have world enough
and time. Oh self, you are too much.
OK. Enough.
[translated into English by the poet]